No processo de verificação de um determinado defeito inicial, ao chegar o equipamento na bancada. o´técnico em primeiro lugar deverá ter em sus mãos o multímetro (de preferência o analógico) e a caneta ou chave de fenda de fase. Temos de ter conhecimentos das partes elétricas do microscópio entre outras diversas informações técnicas pertinentes a esse tipo de equipamento.
Temos de Seguir os Passos Abaixo:
O teste de uma tomada de energia é simples, pois em princípio, basta ligar algum aparelho e verificar se funciona.
No entanto, a maior dúvida que pode haver no caso de uma tomada de um local desconhecido, é saber se a tensão encontrada é de 110 V ou 220 V.
A precaução é plenamente justificada, pois se um aparelho de 110 V for ligado numa rede de 220 V pode haver sérios danos ou mesmo a queima completa.
Diversas são as maneiras de saber se uma tomada fornece uma tensão de 110 V ou 220 V, sem o conhecimento prévio ou exame da instalação:
a) Usando a lâmpada de prova
Na figura 1 temos o modo de usar a lâmpada de prova nesta verificação.
A lâmpada de 220 V acenderá com seu brilho normal, se a tensão da tomada for de 220 V, mas acenderá com brilho reduzido se a tensão da tomada for de 110 V.
b) Usando o multímetro
Um multímetro na escala VOLTS AC 0-300 ou maior pode ser usado, conforme sugerido na figura 2.
Este instrumento indicará a tensão da tomada com precisão.
Cuidado: ANTES de usar, ajuste o multímetro para a escala desejada. Nunca use outras escalas, pois um erro no ajuste pode queimar seu instrumento!
c) Usando o indicador de LED
Um tipo de indicador de tensão encontrado em mercados e casas de materiais elétricos é o mostrado na figura 3, que possui LEDs (pequenos pontos de luz) que acendem conforme a tensão.
Este tipo de indicador também pode ser usado para saber se a tensão de uma tomada é 110 V ou 220 V.
Observamos que se for notada alguma anormalidade de funcionamento numa tomada, além do teste de tensão deve ser feita uma verificação de seu estado, com sua parcial retirada.
Contatos oxidados ou sinais de aquecimento com peças deformadas ou queimadas indicam que a tomada deve ser trocada.
NOTA DO PROFESSOR
Quando esta lição foi escrito ainda não estavam em vigor as normas NBR5410 que estabeleceram diversas mudanças para a maneira como as instalações elétricas devem ser feita e também para o formato das tomadas de força, com a adoção do terceiro pino.
Portanto, acessem as normas (NBR) para a atualização do pino terra.
O que são e o que fazem
Os fios são condutores sólidos ou flexíveis de metal que servem para interligar os pontos de um circuito, conduzindo a corrente elétrica. Eles podem ser encapados ou desencapados (nús) com as mais diversas espessuras. Os cabos, por outro lado, são formados por diversos condutores trançados ou colocados em paralelo numa espécie de fita, conforme mostra a figura 1.
Os cabos e fios devem apresentar a menor resistência possível, na condução das correntes, o que significa que sempre devem apresentar continuidade. A resistência será tanto menor quando mais grossos forem e tanto maior quanto mais compridos. De qualquer forma, para cabos e fios de até 20 metros, a resistência não deve superar alguns ohms.
O que devemos testar
Os cabos devem conduzir a corrente elétrica com facilidade o que significa que devem apresentar continuidade ou resistência muito baixa (poucos ohms no máximo). No entanto, as dobras constantes, esforços e outros fatos imprevisíveis podem causar sua quebra interna, ou seja, o rompimento caso em que perdem a continuidade. Quando testamos um cabo devemos justamente verificar se ele está em ordem, com a continuidade mantida (baixa resistência) ou se ele apresenta interrupções, caso em que não pode ser usado. É claro que, dependendo da utilização do cabo, o ponto de interrupção pode ser localizado e uma emenda feita. Figura 2.
Instrumentos usados no teste
* multímetro
* provador de continuidade
* lâmpada de prova
* osciloscópio e traçador de curvas
Cabos provados
Podem ser provados quaisquer cabos e fios de qualquer espessuras num comprimento de até alguns kms, compensando-se a resistência para os casos mais longos.
Procedimento:
a) Prepare o instrumento verificando o seu funcionamento (lâmpada de prova e provador de continuidade) ou colocando-o na escala mais baixa de resistências (multímetro), ohms x1, x10 ou x100.
b) No caso do multímetro ajuste o seu nulo.
c) Identifique as extremidades do cabo que deve ser provado (que deve estar desligado) e encoste em cada uma delas uma das pontas de prova do provador. Observe a indicação.
Este procedimento é mostrado na figura 3
Interpretação da prova
a) Os provadores indicam continuidade (acendimento do LED indicador, toque sonoro ou acendimento da lâmpada de prova) ou o multímetro indica uma baixa resistência (menor que 10 ohms para fios comuns até 100 metros). O fio ou cabo está bom, podendo ser usado (verifique se o isolamento está bom em toda sua extensão - essa inspeção é visual)
b) Na prova não temos indicação de continuidade. O multímetro indica uma resistência muito alta ou infinita. O fio ou cabo está interrompido em algum ponto. Não pode ser usado.
c) Os casos intermediários são improváveis e podem significar maus contatos ou umidade.
Observações
Este procedimento também serve para fazer a identificação das extremidades de cabos múltiplos, conforme mostra a figura 4.
Nas provas em que houver continuidade teremos as pontas nas extremidades de um mesmo condutor (fio ou cabo). Outra prova possível com o mesmo procedimento é a de curto-circuito em cabos de força. Se uma das extremidades de um fio duplo estiver desligada, fazendo a prova de continuidade nas duas pontas da outra extremidade podemos encontrar eventuais curto-circuitos, conforme mostra a figura 5
Se a resistência for infinita ou não houver continuidade o fio está bom (faça a prova individual dos condutores). Se for nula, o cabo estará em curto.
Testando o Fusível
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O que são e o que fazem
Os fusíveis são elementos de proteção de circuitos elétricos e eletrônicos e estão presentes numa infinidade de aparelhos comerciais, industriais e instalações elétricas além de veículos. O fusível típico de cartucho de papelão ou de vidro tem a aparência mostrada na figura abaixo.
Este fusível tem um fio fino interno ou uma lâmina ou fio de cobre, ou outro metal, cuja espessura e comprimento, além do material de que é feito determinam a corrente em que ocorre sua fusão. Assim, quando a corrente no circuito supera um determinado valor, o fusível, de modo a proteger o circuito contra dano "queima-se" interrompendo essa corrente.
O que devemos testar
Partindo do comportamento elétrico do fusível, podemos dizer que se ele estiver bom, deve apresentar uma baixa resistência, uma resistência praticamente nula, com continuidade para a corrente, enquanto que um fusível queimado ou aberto não deixa passar a corrente, ou seja, tem uma resistência infinita. Conhecendo este comportamento elétrico, o teste básico de um fusível consiste em se verificar se ele deixa ou não passar a corrente. Se ele deixar passar a corrente, com uma resistência muito baixa então ele está bom. Se não deixar, isso indica que o seu elemento está interrompido ou queimado e ele deve ser substituído pois está "aberto" ou queimado.
Instrumentos usados no teste
Multímetro
Provador de continuidade
Lâmpada de prova (5W)
Osciloscópio e Traçador de Curvas
Neste caso, como não há necessidade de se conhecer as características específicas do fusível, como por exemplo o valor de sua corrente caso esteja ausente, todos os três instrumentos indicados dão igual nível de informação sobre seu estado. Apenas devemos observar que no caso da lâmpada de prova, fusíveis com correntes menores que a da lâmpada (50 mA para 110V/5W) não podem ser testados, pois queimariam durante o teste. Para fusíveis de mais de 500 mA uma lâmpada de 25W/110V pode ser usada.
No caso do Osciloscópio e Traçador de Curvas usamos esse conjunto na função de prova de continuidade.
Fusíveis provados
Com o procedimento indicado: de 100 mA a 200A.
Procedimento
a) Prepare o instrumento para a prova verificando o seu funcionamento, e zerando-o caso seja o multímetro. Para o multímetro use a escala mais baixa de resistências (x1 ou x10).
b) Encoste as pontas de prova nos terminais do fusível, que deve estar fora de seu soquete ou fora do suporte em que funciona. O procedimento é mostrado na figura 2.
Interpretação da prova:
a) Se houver continuidade ou resistência muito baixa (inferior a 1 ohm) o fusível está em bom estado.
b) Se não houver continuidade ou resistência infinita, então o fusível está aberto (queimado). Substitua por um de mesma corrente.
c) Estados intermediários, ou seja, resistências altas, podem indicar a presença de umidade, mas de qualquer forma o fusível estará aberto, devendo ser substituido.
Observações
É claro que, para os fusíveis com invólucros transparentes de vidro podem ser facilmente verificados visualmente. Se o fio interno estiver interrompido, certamente ele está aberto ou queimado. O que ocorre é que às vezes o fusível tem o fio interno interrompido junto ao ponto de soldagem, numa das extremidade e isso não pode ser observado, dando a impressão de que está bom quando não está. Em caso de dúvida, faça o teste!
Saber se um componente está ou não em bom estado é algo que todo praticante de eletrônica deve saber como fazer. Os testes de componentes, em sua maioria, são simples e exigem poucos recursos, no entanto, a maior dificuldade que o técnico encontra está grande variedade de procedimentos que existem para isso. Para cada tipo de componente existe um teste que revela se ele está ou não em bom estado. Como testar os principais componentes e que instrumentos usar para isso é o que veremos neste artigo.
Os iniciantes admiram quando um técnico experiente encosta as pontas de prova de seu multímetro nos terminais de um componente e logo diz se ele está ou não em bom estado, simplesmente observando o movimento da agulha indicadora.
No entanto, para chegar à conclusão de que o componente testado se encontra em determinado estado, é preciso conhecer o componente, e isso nem sempre é entendido pelos que pretendem ser profissionais da eletrônica.
Assim, o movimento da agulha não indica sempre que o componente está bom, e a ausência que ele se encontra ruim: existem situações em que o que ocorre é justamente o contrário!
Como testar componentes?
O primeiro ponto a ser considerado refere-se ao tipo de instrumento que deve ser usado.
O INSTRUMENTO DE TESTE
Evidentemente o instrumento ideal para o teste de componentes é o multímetro, que pode ser do tipo básico analógico como o mostrado na figura 1.
Esse instrumento possui uma agulha indicadora que se movimenta em função da intensidade da corrente que passa pelo componente que está sendo testado.
Para isso é preciso usar a escala OHMS x1, x10 ou outra que o instrumento disponha.
Quanto maior a escala, menor será a intensidade da corrente de prova e resistências mais altas podem ser medidas. Isso significa que a escolha da escala a ser usada num teste depende do tipo de componente que vai ser testado.
Se vamos testar um componente de baixa resistência como um interruptor, um fio ou alto-falante, usamos as escalas mais baixas de resistências (ohms x1 ou x10). Se vamos testar um componente de alta resistência como um resistor de valor alto ou um semicondutor devemos empregar as escalas mais altas (x100 ou x1k), conforme mostra a figura 2.
Veja que, para o teste de componentes o multímetro fornece a energia necessária a isso, o que significa que o componente deve estar fora do aparelho em que ele normalmente funciona.
Se testarmos um componente no circuito, com ele ligado, corremos o risco de queimar o multímetro.
Nos testes, é preciso considerar também que existem componentes que possuem polaridade.
Assim, se eles apresentam um determinado comportamento quando a corrente circula num sentido, o comportamento é completamente diferente quando ela circula no sentido oposto.
Este fato deve ser considerado, por exemplo, quando testamos diodos.
Assim, conforme mostra a figura 3, temos de observar a polaridade das pontas de prova do multímetro neste tipo de teste e normalmente fazer duas medições: uma com as pontas ligadas de certa forma e outra invertida.
Também deve ser considerado que existem componentes que não podem ser testados pelo multímetro. Em alguns deles, às diferenças que existem de comportamento quando eles estão bons e quando estão inutilizados são pequenas demais para serem detectadas pelo instrumento.
Para estes existem procedimentos especiais ou mesmo instrumentos especiais que fazem os testes de funcionamento.
É claro que, mesmo levando em conta estes componentes, a quantidade que sobra e que pode ser testada com o multímetro é grande o suficiente para compensar o investimento na compra de tal aparelho.
Assim, se o leitor ainda não tem um multímetro, é hora de pensar em adquirir um para sua bancada pois além de testar componentes ele pode ser útil numa infinidade de aplicações práticas na sua casa (medida na instalação elétrica) no carro, etc.
Mas, se o leitor ainda não tem um multímetro pode começar com a montagem de um testador de componentes mais simples, como o provador de continuidade.
Na figura 4 temos o diagrama e o aspecto da montagem de um provador de continuidade bastante simples e eficiente que funciona como pilhas comuns.
Quando testamos um componente e ele apresentar continuidade, ou seja, uma baixa resistência, o LED acende. Se não houver continuidade, ou seja, não passar corrente alguma pelo componente no teste, o LED permanece apagado.
Existe o estado intermediário que o componente apresenta uma resistência que pode variar entre 1 000 e 50 000 ohms em que o LED acende com brilho menor que o normal.
Baseados na indicação de continuidade dada por este provador ou então pelo multímetro, podemos provar diversos tipos de componentes.
TESTANDO COMPONENTES
Damos a seguir o procedimento para a prova de componentes mais comuns que são usados em nossas montagens e que também são encontrados em aparelhos comerciais.
a) Prova de condutores
Fios comuns podem ser testados no sentido de se verificar se estão ou não interrompidos. Assim, um fio bom deve apresentar continuidade quando encostamos as pontas de provas nas suas extremidades conforme mostra a figura 5.
Para o multímetro colocado na escala de resistência OHMS x1 ou x10 deve ter valores muito baixos, ou seja, o ponteiro deve ir todo para a direita se o fio estiver bom. Se estiver interrompido o ponteiro não se mexe. Para o provador de continuidade, o LED acende num fio bom.
b) Prova de fusíveis e pequenas lâmpadas
Pequenas lâmpadas têm baixa resistência de filamento quando boas, e os fusíveis tem uma resistência praticamente nula nessas condições. Se estiverem ruins ou queimados, a resistência deve ser infinita, ou seja, não deve haver continuidade.
Assim, conforme mostra a figura 6 basta verificar a continuidade destes componentes para conhecermos seu estado.
c) Alto-falantes e bobinas
As bobinas móveis dos alto-falantes assim como bobinas comuns devem ter baixa resistência ou continuidade se estiverem boas. Na prova, a agulha do multímetro na escala ohms x1 ou x10 vai toda para a direita (perto do zero) ou então o LED acende na prova de continuidade. Se as bobinas estiverem interrompidas, a resistência é infinita (a agulha não se mexe) ou o LED no acende.
Na figura 7 temos o procedimento para este teste.
d) Resistores
A prova de resistores com o multímetro é a mais confiável, pois podemos ler diretamente o valor do componente escolhendo a escala OHMS apropriada. Para o provador de continuidade o que temos é uma avaliação da resistência pelo brilho do LED.
Assim, se estivermos testando um resistor de valor baixo com o provador, digamos de 470 ohms e o LED acender com brilho reduzido, indicando que a resistência é maior que 10 000 ohms evidentemente, o resistor estará aberto.
e) Trimpots e potenciômetros
A prova de trimpots e potenciômetros é feita de modo semelhante a dos resistores, já que, com o multímetro podemos verificar o valor do componente, conforme mostra a figura 9.
No entanto, podemos realizar uma prova adicional de cursor que consiste em se verificar se a resistência varia suavemente quando giramos o eixo do componente. Esta prova é feita da forma indicada na figura 10.
Um salto brusco da agulha do instrumento ou variação brusca do brilho do LED nesta prova indica que existem problemas de contacto no cursor do potenciômetro ou trimpot.
f) Prova de capacitores
Os capacitores não podem ser provados de uma maneira muito segura com o multímetro ou o provador de continuidade. O máximo que estes aparelhos podem detectar é quando existe um curto-circuito entre as suas armaduras.
Assim, os capacitores devem sempre apresentar uma resistência muito alta na prova de continuidade que é feita conforme mostra a figura 11.
Para os capacitores de valores elevados (acima de 1 uF), ao tocarmos com as pontas de prova nos seus terminais, a agulha do instrumento dá um pequeno salto para voltar a posição de resistência infinita. Isso é normal, indicando que o capacitor se carregou durante a prova. Para o provador de continuidade ocorre uma pequena piscada do LED.
No entanto, se agulha for totalmente em direção ao zero ou o LED permanecer aceso, temos um capacitor em curto.
g) Diodos
Os diodos devem conduzir a corrente quando polarizados num sentido e não devem conduzir quando polarizados no sentido inverso. É baseado neste comportamento que fazemos o teste dos diodos, tanto com o multímetro na escala de resistências OHMS x10 ou x100 como com o provador de continuidade, conforme mostra a figura 12.
Quando o testamos com as pontas de prova numa posição, o diodo deve apresentar uma resistência baixa. O LED deve acender ou então a agulha deve se movimentar para a direita. Quando invertermos as pontas de prova o diodo deve apresentar uma resistência muito alta. O LED não deve acender ou a agulha do multímetro não deve movimentar-se.
Se nas duas provas tivermos continuidade (resistência baixa) o diodo está em curto, e se nas duas provas a resistência for alta o diodo estará aberto.
h) Transistores
O teste mais simples de transistores com os instrumentos indicados é um teste "estático" que verifica apenas o estado de suas junções.
Parte-se então da idéia de que o circuito equivalente a um transistor é o da figura 13 em que temos dois diodos em oposição.
Veja que esta equivalência é estrutural e não funcional o que significa que dois diodos ligados da maneira indicada não funcionam como um transistor.
Assim, o que fazemos é verificar a continuidade das junções dos diodos equivalentes em 6 medidas: 3 diretas e 3 inversas, conforme mostra a figura 14.
Para as medidas entre base e emissor e entre base e coletor devemos ter uma leitura de baixa resistência (continuidade) e outra de alta resistência (sem continuidade). Para a medida entre o coletor e o emissor, devemos ter sempre a leitura de alta resistência.
Se tivermos uma leitura de continuidade onde deveria não haver então o transistor se apresenta em curto. Se tivermos uma leitura de ausência de continuidade (alta resistência) onde deveria ser baixa, então teremos um transistor aberto.
i) Outros componentes
Existem muitos outros componentes que podem ter seu estado avaliado com os instrumentos indicados. Em futuros artigos voltaremos a abordar o assunto, lembrando apenas que estes componentes, por serem essenciais às montagens são os que mais merecem a atenção e que por isso foram os abordados neste artigo.
Para os circuitos integrados, que são os componentes de teste mais problemático existem procedimentos especiais.
Existe um limite para o menor objeto que podemos visualizar por meios ópticos e que é dado pelo comprimento de onda da luz utilizada. Com a substituição da luz por um feixe de elétrons conseguimos visualizar objetos muito menores, com amplificações que chegam a centenas de milhares de vezes. O microscópio eletrônico é hoje um instrumento de pesquisa indispensável para a aproximação do homem dos limites do micro-cosmos. Veja neste artigo como funciona este importante dispositivo eletrônico.
Para vermos qualquer objeto devemos iluminá-lo. A luz que o objeto reflete e absorve, em relação ao fundo que também reflete ou absorve esta luz nos dá o necessário contraste para sua visualização (figura 1).
Quando pensamos nos objetos que nos envolvem, de dimensões consideradas normais, a luz disponível não tem qualquer efeito quanto a uma eventual dificuldade de visualização.
Com a inversão do microscópio óptico comum entretanto, os primeiros problemas começaram a aparecer.
As lentes usadas não refratavam os diversos comprimentos de onda da luz comum no mesmo modo, e esta diferença fazia com que nas grandes ampliações contornos dos objetos ficassem "coloridos".
Apareciam franjas de cores que se separavam do espectro da luz branca, dificultando a visualização dos contornos dos pequenos objetos que então perdiam a definição, (figura 2).
Estas franjas que já haviam sido notadas em outros experimentos, notadamente os feitos por Newton Huygens, Fresnel e outros já haviam revelado que a luz branca era formada por uma "mistura" de comprimentos de ondas de uma ampla faixa, sendo estes correspondentes as de diversas cores, (figura 3).
Ao mesmo tempo que os fabricantes de microscópios e também de telescópios se esforçavam para desenvolver aparelhos em que este efeito não se fizesse sentir, com o aperfeiçoamento das lentes acromáticas, por exemplo, e nos casos dos telescópios dos tipos refletores (Newtonianos), a natureza da luz era colocada em prova numa disputa de gigantes envolvendo Huygens e Newton, (figura 4).
Enquanto uma afirmava que a luz era formada por um corpúsculos (Newton) o outro (Huygens) afirmava que a luz era constituída por ondas.
Newton perdeu a disputa, mas somente parcialmente. A natureza da luz, como onda eletromagnética logo foi comprovada e com isso os fenômenos que afetam a construção de muitos instrumentos ópticos puderam ser melhor compreendidos e superados.
Mas, justamente a natureza ondulatória da luz é que pode explicar uma limitação para a ampliação dos microscópios que já citamos na introdução.
Uma onda pode refletir-se ou absorvida por um objeto cujas dimensões não sejam muito menores que seu comprimento. Se o objeto se torna muito pequeno em relação ao comprimento da onda, ela começa a ignorá-lo passando por ele como se nada existisse no local, (figura 5).
O comprimento da onda da luz do espectro visível é um número muito pequeno. os 4500 aos 7000 Angstroms desse espectro visível correspondem a dimensões de 0,45 a 0,7 microns ou milionésimos de metros.
Tratam-se de dimensões extremamente pequenas para objetos do mundo visível mas não para o mundo que os cientistas desejam observar com seus microscópios.
Não podemos visualizar moléculas e átomos de muitas substâncias justamente por suas dimensões estarem abaixo destes valores e portanto a luz comum não permite a sua iluminação individual para observação.
Existem mesmo alguns seres vivos cujas dimensões se aproximam deste limite o que dificulta justamente a observação com o aparecimento de fenômenos relativos a reflexão de luz.
Foi justamente a natureza ondulatória de um tipo de radiação que não se suspeitava ter esta propriedade que deu a solução para o nosso problema.
Experiências feitas com raios catódicos, que nada mais são do elétrons disparados por um catodo, revelaram que estas partículas tinham propriedades semelhantes a da luz.
Os elétrons manifestavam os fenômenos de difração, interferências típicas das ondas eletromagnéticas o que permitia associar a sua natureza corpuscular também uma natureza ondulatória.
Cálculos revelam que aos elétrons era possível associar um comprimento de onda muitas vezes menor que os comprimentos de onda da luz comum, (figura 6).
De Broglie demonstrou que um feixe de elétrons acelerados a 50 kV, equivalem a uma radiação cujo comprimento de onda seria 0,0055 nm (nanômetros) o que significava a possibilidade de usarmos isso como uma poderosa fonte de iluminação.
Veio então a idéia de um microscópio eletrônico, ou seja, usando um feixe de elétrons em lugar da luz para "iluminar" os objetos que deveriam ser observados.
A primeira vantagem interessante que se observou no sistema é que não seria possível usar lentes comuns de vidro, mas em seu lugar campos magnéticos, (figura 7).
Urna lente comum desvia os raios de luz, modificando sua trajetória no caso de um microscópio, conforme mostra a figura 8.
Uma "lente" magnética é simplesmente um campo que aplicado de maneira determinada pode modificar a trajetória dos elétrons da mesma forma que um raio de luz ao passar por uma lente de vidro.
Da mesma forma podemos usar lentes eletrostáticas.
Isso é possível porque podemos deflexionar um feixe de elétrons por meio de campos já que estes possuem cargas elétricas.
Se podemos trabalhar melhor com o feixe de elétrons, temos de considerar outras dificuldades no uso deste tipo de microscópio.
A primeira refere-se ao fato de que não podemos "ver" os elétrons, pois seu comprimento de onda está muito além do espectro visível.
O que se faz então é usar Visores (telas especiais) ou então chapas fotográficas que podem ser excitados pelos elétrons e assim projetar as imagens.
Outra dificuldade a ser considerada é que, enquanto a luz comum ao iluminar um ser vivo não lhe afeta significativamente, se não for muito forte, um feixe de elétrons o mata.
Desta forma, os espécimes que devem ser observados não podem estar vivos se for usado o microscópio eletrônico.
Esta dificuldade e ainda ampliada pelo fato de que o feixe de elétrons produzido no interior de microscópio precisa de vácuo para se movimentar.
Isso significa, que o local em que está o espécime observado deve estar também no vácuo, o que mataria qualquer ser vivo ali colocado.
A ESTRUTURA DE UM MICROSCÓPIO ELETRONICO
Na figura 9 temos a estrutura básica de um microscópio eletrônico de transmissão.
O catodo do tubo produz um feixe de elétrons que é acelerado por uma tensão entre 40 000 e 100 000 volts.
Um conjunto de lentes eletrônicas reduz a espessura do feixe de elétrons de modo que ele ilumine a área desejada.
A corrente é então controlada por lentes adicionais, depois de passar pela imagem de modo a se obter a amplificação desejada que pode variar entre 1 000 e 250 000 vezes.
Esta corrente de elétrons incide então numa tela fluorescente onde é projetada a imagem numa chapa fotográfica para registro.
Como o feixe de elétrons passa através da amostra neste tipo de microscópio, denominado de transmissão a amostra deve ser muito fina, para que haja penetração e dispersão segundo as diversas densidades do material analisado.
Preparo especial do material a ser é analisado permite obter imagens com melhor definição.
Um outro tipo de microscópio eletrônico é o "de exploração" tendo sido desenvolvido a partir de 1948 mas somente industrializado a partir de 1965.
Este microscópio tem sua estrutura básica mostrada na figura 10.
A principal vantagem deste microscópio é a sua capacidade de observar imagens de superfícies ásperas com um mínimo de necessidade de preparação da amostra.
O princípio de funcionamento deste microscópio lembra muito o da televisão.
Um feixe de elétrons é produzido por um canhão eletrônico e por meio de um circuito de deflexão apropriados ele varre o objeto a ser observado.
Os elétrons que são refletidos pelo objeto são então focalizados por novos conjuntos de lentes eletrônicas e incidem numa tela fornecendo assim a imagem final.
A fonte de elétrons deste microscópio é um filamento de tungstênio que tem sua emissão acelerada por tensões ente 1 000 e 50 000 volts.
Com materiais especiais na emissão de elétrons e um foco preciso, pode-se obter imagens muito brilhantes de objetos tão pequenos como 5 a 10 nm.
Este tipo de microscópio tem um poder maior de focalização e também de amplificação. As imagens podem ser ampliadas de 10 a 100 000 vezes simplesmente controlando as correntes das bobinas de exploração.
USOS DO MICROSCÓPIO ELETRÔNICO
Este tipo de equipamento não encontra seu uso somente no campo da medicina. Na verdade, em todos os ramos da engenharia, da química e da física encontramos casos em que a observação de espécimes muito pequenos se faz necessária.
Na eletrônica em especial, quando nos nossos dias os dispositivos se torna cada vez menores, um exame de sua estrutura em todos os pormenores só é possível com a ajuda de um microscópio eletrônico.
A diminuta estrutura de um simples chip só é possível com a ajuda deste tipo de equipamento que pode ajudar o pesquisador encontrar as melhores geometrias para o desempenho desejado.
Ferramental I
Obs.: Vá adquirindo as ferramentas de acordo com os serviços que vão aparecendo pois não existe uma lista que possa definir isto.
O que é um Microscópio Óptico? Quanto Custa?
Exercício I
Exercício II
Precisando de um Microscópio p/a Escola?
Exercícios
Material Didático de Apoio